terça-feira, 15 de setembro de 2009

Artigo Místico / Antenor Emerich

Natureza dos opostos


...intro ao tratado de metafísica: o que chamamos de real vai além da nossa capacidade de prova-lo.
O medo de dar, impede a permuta energética com o Cosmo.
al Gerrima keroma
Porque temos que pensar em termos de opostos?
Não será esse um vício de uma vergonhosa interpretação resultante de uma miopia metafísica, ou de capenga absorção da experiência? Deste modo temos que indagar o que de fato é empirismo. Tendo o sujeito a predisposição de não aceitar determinados fatos como empíricos, nos leva a concluir que o resultado da experiência já está previsto. A experiência somente é válida até onde o grupo científico, a instituição oficial (?) da ciência, dominante, diz que é válida. Acima ou abaixo do plano determinado como real e como físico é relegada por falta de interesse, por não ser a experiência útil aos interesses dominantes.
E, já que cindiram a realidade em física e metafísica, podemos observar que a metafísica sempre puxou os homens para fora da pedra do real. Mas, a luz mesma da observação, está evidente que separar conceitos e dividir no mundo das idéias o plano da vida em a e b, não separa a realidade em a e b. Que mania de papa que esse povo tem. Aquela velha idéia de que: o que ligares na terra será ligado nos céus, é uma regra metafísica. Mas os materialistas dizem não crer em metafísica, e de fato não crêem. Filosofia e religião são apenas meios de domínio para os materialistas. É uma asserção desconcertante e incômoda, mas o materialista não sente nada para além de sua cabeça. E tudo o que está na sua cabeça é parte dele mesmo e será usado com instrumento para atingir seus objetivos. Que serão sempre necessariamente de seu exclusivo interesse. Se ele ora a deus, é para si. Mas note-se, o materialista somente ora se tiver alguém para testemunhar, sozinho ele não pensa em orar. Pra quê? O materialista apenas quer saciar sua fome. Sabe que outros morrem de fome pelo caminho, mas para este é natural que alguns morram de fome. O outro não conseguiu, então morreu. O materialista age de acordo com a circunstância, no sentido de agradar o mais possível ao grupo de seu interesse. Comporta-se de acordo com a idéia dominante, até parece ter o espírito animado, mas a intenção e motivação são a mesma da onça elogiando as formas longitudinais e esguias da capivara.
É preciso entender que o materialista não é maligno, apenas não sente em nenhuma esfera de seu ser nenhuma espécie de metafísica, pensar em vida para depois da morte é uma tolice que eles não praticam.
O espiritualista (em suas infinitas formas e versões) crê que há vida após a morte (em suas infinitas formas e versões, de vida e de morte).
Então podemos dizer que materialismo é o oposto de espiritualismo? Não. Seria rebaixar a um plano o infinito. Foi muito tolo quem acreditou e promulgou que o espírito é o oposto da matéria.
P.s.: Este artigo faz parte da série de artigos a respeito da natureza dos opostos, capítulo do Tratado de metafísica.





Um comentário:

Julio Cesar disse...

fantásticas observações companheiro!!!

parabéns pelos desbravamentos metafisicos!!!

abraço