quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"Uma Menina me ensinou"

"Queria escrever de tudo um pouco, e sobre o pouco que tenho a dizer muito poderia falar.Mas no fundo não quero mais do que ouvir, ouvir a minha própria alma em versos mal feitos e bem ditos. E vocês podem gostar ou odiar, tudo varia de acordo com o melhor ou pior que cada um trás consigo. O meio termo é bonito na teoria. Na prática prevalece a sabedoria ou imbecilidade de cada um: querendo sempre ser mais ou menos do que somos, disputando um lugar no palco da hipocrisia de viver; E não me importaria em ser quem sou, mesmo não sabendo me imitar. Gosto da vida do jeito que ela não é, e mesmo assim sobrevivo"

(Sanessa Zuanazzi)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quando era poeta acreditei que a poesia poderia melhorar a humanidade.

Quando era poeta acreditei que a poesia poderia melhorar a humanidade.
Em certo que eu mudei, e ao mudar acreditei na poesia.
Mas crer que um verso possa sensibilizar o bruto é tentar rachar uma montanha a cabeçadas. Uma tolice.

A poesia é o resíduo do sonhador.
Sonhador é aquele que imagina um outro mundo, uma outra forma de viver.
Um sonhador é um extraterrestre neste planeta. Aqui tudo vale o quanto pesa e paga o peso em ouro.
O ser humano, como ser vivo, e pretenso ciente, não deveria dormir em paz enquanto alguém ainda esta nas ruas.
Não poderia conseguir comer enquanto alguém ainda morre de fome.
Não poderia descansar em paz enquanto alguém ainda morre de dor.
Hipocrisia. O bruto é hipócrita. E esta (ser bruto) é a única razão para que os conscientes não os condenem a morte.
Há séculos, milênios, esses hipócritas, políticos e religiosos, vem prometendo curar a humanidade assim que assumirem os seus poderes, e por todas estas eras os pobres morrem de fome, dor e frio. E os brutos, dormem macio, protegidos com cerca elétrica e leões nas chácaras. Brutos que são, não ouvem os gemidos dos aflitos. Não se importam com a fome.
Morrer calado e torturado é uma condição para ser santo. E se os pobres não crerem mais em Deus? E se o inferno não for pior que esta droga de vida neste planetinha imundo?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Artigo Místico: A natureza da personalidade

  • O soerguer do self


O ser humano com seu minúsculo ego atrofiado
se considera até inteligente, defendendo seu modo de vida sedentário e
mendicante. Não mais inteligente que formigas atacando um humano que se
aproximou do seu buraco.


Fé cega sobre faca amolada é covardia dos dois lados.
A música brasileira, e mais especialmente os poetas compositores, como é o caso de Milton Nascimento, com seus mil tons e seus dons geniais (Caetano, em estranhos poderes), nos brinda com essa obra prima da poesia metafísica tupiniquim. Fé cega e faca amolada.
O dominador encontra na mística um meio de subjugar a multidão no escuro, e sobre a ameaça de poderes ocultos (?) faz quedar de joelhos nus ao solo seco uma humanidade cabisbaixa. Exige fé cega e ameaça a dúvida com navalha e guilhotina. Fé cega com pé atrás (Humberto Gessinger) é o nascimento da dúvida, e a dúvida é a véspera da revolta. Os dominantes, postados ou não, abominam os questionadores. O questionador não obedece sem perguntar porque. Sem saber se deve. O questionador é iluminado e como tal sabe que a responsabilidade de seus atos não pode ser negada. Por a culpa no superior que ordena é assumir a própria incompetência. O questionador pode ir para a guerra se for obrigado, mas vai morrer antes de matar alguém. Não vai matar somente porque lhe foi ordenado. Quer que alguém morra? Mate você mesmo. O cenário é grotesco, mas o choque de claridade é proposital por não deixar sombras para a dúvida. Porque os questionadores podem acabar sem emprego, a guilhotina moderna, mas, não sem trabalho.
Essa é a covardia da faca amolada. A covardia na fé cega reside no fato de o indivíduo, numerado, nomeado e rotulado, não querer assumir responsabilidade sobre seus atos. Preferindo dizer que não sabia, pondo a culpa em outro por sua estultícia. Atestado de imaturidade assinado por si próprio. O dominador covarde ameaça com a dor e o dominado covarde se prostra sabendo a quem culpar. É uma relação simbiótica vampiresca de duplo consentimento. A consciência de estar vivo, na esfera materialista, está relacionada a usurpar direitos e depreciar a vida alheia. É uma consciência restrita da realidade, evidentemente, de um espírito infantil e ignóbil, ao qual somente a experiência de vida vai lhe trazer maturidade e responsabilidade, dando-lhe ensejo de erguer o cenho e levantar-se, negando a subjugação.
Maturidade de consciência exige apurada observação, refinado senso de liberdade, irrestrito respeito pela vida em todas as suas manifestações, incansável busca pelo verdadeiro conhecimento, e a certeza absoluta de que a felicidade e a realização do Ser Humano somente serão verdadeiras quando todos viverem com dignidade, respeito e liberdade. Até então somos imaturos, egoístas e mesquinhos. Ser orgulhoso, nessa miséria, já é assinatura de indignidade.
Não adianta querer se salvar na mentira. A mentira já é a perdição. Dizer que não é responsável pelo real em que está inserido e ainda lavar as mãos na água encardida da velha bacia, é imaturidade.
O decepcionante nisto tudo não é a pequerrucha formiguinha atracar-se contra a polpa do dedão do ente humano que lhe ameaça a existência, mas o ente sair correndo com medo do himenóptero.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Artigo Místico / Antenor Emerich

Natureza dos opostos


...intro ao tratado de metafísica: o que chamamos de real vai além da nossa capacidade de prova-lo.
O medo de dar, impede a permuta energética com o Cosmo.
al Gerrima keroma
Porque temos que pensar em termos de opostos?
Não será esse um vício de uma vergonhosa interpretação resultante de uma miopia metafísica, ou de capenga absorção da experiência? Deste modo temos que indagar o que de fato é empirismo. Tendo o sujeito a predisposição de não aceitar determinados fatos como empíricos, nos leva a concluir que o resultado da experiência já está previsto. A experiência somente é válida até onde o grupo científico, a instituição oficial (?) da ciência, dominante, diz que é válida. Acima ou abaixo do plano determinado como real e como físico é relegada por falta de interesse, por não ser a experiência útil aos interesses dominantes.
E, já que cindiram a realidade em física e metafísica, podemos observar que a metafísica sempre puxou os homens para fora da pedra do real. Mas, a luz mesma da observação, está evidente que separar conceitos e dividir no mundo das idéias o plano da vida em a e b, não separa a realidade em a e b. Que mania de papa que esse povo tem. Aquela velha idéia de que: o que ligares na terra será ligado nos céus, é uma regra metafísica. Mas os materialistas dizem não crer em metafísica, e de fato não crêem. Filosofia e religião são apenas meios de domínio para os materialistas. É uma asserção desconcertante e incômoda, mas o materialista não sente nada para além de sua cabeça. E tudo o que está na sua cabeça é parte dele mesmo e será usado com instrumento para atingir seus objetivos. Que serão sempre necessariamente de seu exclusivo interesse. Se ele ora a deus, é para si. Mas note-se, o materialista somente ora se tiver alguém para testemunhar, sozinho ele não pensa em orar. Pra quê? O materialista apenas quer saciar sua fome. Sabe que outros morrem de fome pelo caminho, mas para este é natural que alguns morram de fome. O outro não conseguiu, então morreu. O materialista age de acordo com a circunstância, no sentido de agradar o mais possível ao grupo de seu interesse. Comporta-se de acordo com a idéia dominante, até parece ter o espírito animado, mas a intenção e motivação são a mesma da onça elogiando as formas longitudinais e esguias da capivara.
É preciso entender que o materialista não é maligno, apenas não sente em nenhuma esfera de seu ser nenhuma espécie de metafísica, pensar em vida para depois da morte é uma tolice que eles não praticam.
O espiritualista (em suas infinitas formas e versões) crê que há vida após a morte (em suas infinitas formas e versões, de vida e de morte).
Então podemos dizer que materialismo é o oposto de espiritualismo? Não. Seria rebaixar a um plano o infinito. Foi muito tolo quem acreditou e promulgou que o espírito é o oposto da matéria.
P.s.: Este artigo faz parte da série de artigos a respeito da natureza dos opostos, capítulo do Tratado de metafísica.





quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Artigo Opinativo – Antenor Emerich

  • O Professor e a corrupção


    Vamos considerar em primeiro lugar que o
    professor é um ser humano com a possibilidade de desenvolver todos os problemas
    emocionais e psíquicos que um ser humano possa desenvolver.
    Esclarecendo
    ainda que fiz de minha vida uma batalha contra o despotismo, o abuso da
    autoridade que encerra em si mesmo a corrupção. Que esta guerra não visa a
    destruição de pessoas, mas a plenificação da igualdade, da liberdade e da
    fraternidade. Que minha arma é realmente poderosa, minha espada é minha caneta
    na mão, minha munição é a argumentação e a retórica.
    Isto posto,
    exponho:
    É inadmissível que alguns professores usem da “provável e
    discutível” autoridade que tenham para oprimir alunos, pais e outros professores
    colegas. Usem da nota que devem atribuir aos alunos para os obrigarem a qualquer
    coisa que seja, inclusive para manipular todos ao seu redor.
    Com isso,
    professores sem um pingo de amor e respeito pela sociedade em que estão
    inseridos, fazem tremer alunos e pais que se obrigam a tratar bem e concordar
    com estes déspostas sem alma com medo de que eles venham a dar notas baixas ao
    aluno/filho. Isto é arbitrariedade, abuso de um “pretenso poder”. Um
    educador ensinando a hipocrisia, a falsidade ideológica e a desnecessidade de
    aprender, já que basta agradar o professor para ter notas boas, estudar para
    que? Assim se instala a corrupção nas mentes jovens, assim temos “Sarneys e
    Malufes” pululando por ai tudo. Políticos ignorantes e incompetentes legislando
    em causa própria, sem terem noção do que significa “legislar”. Quantos
    vereadores de Jacinto Machado sabem o significado e a conjugação do verbo
    verear? Foram todos alunos destes professores que continuam lecionando. E os
    pais com medo dos professores, se obrigam a se arrumarem e a disfarçarem um
    sorriso tolo para agradar o “Imperador” da sala de aula. Senão “ele dá zero para
    o filho”. Ora, francamente.
    Professores que se consideram bons demais tratam
    alunos menos favorecidos como “dalitis”, par usar uma expressão em moda no
    momento. Selecionando amigos para os seus filhos numa atitude descaradamente
    nazista, preconceituosa e de exclusão social. Vivemos falando em igualdade amor,
    Jesus e alguns pais proíbem seus filhos de andarem com outros filhos que (na
    opinião deles) “nasceram no lado errado da cidade”. Seus filhos não podem andar
    com os pobrinhos filhos “daqueles outros”.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

escrevi uma carta por e-mail

Escrevi uma carta por e-mail!

Eu vou indo... sabem como sou, preocupado com o deslocamento da zona de convergência, do eixo imaginário central, com o furor das massas com ídolos humanos, com a euforia em torno de times esportivos. Esteria em torno de Michael Jackson, 40 mil pessoas foram assistir Kaká assinar um contrato de 80 milhões de dólares com o Barcelona.
Isso quer dizer alguma coisa.
Não sei porque o oriente médio não encontra a paz, porque os americanos do norte não deixam em paz o oriente médio, por que a fome ainda mata na áfrica, por que a china não liberta o Tibet.
Penso na razão pela qual ainda esperam o Cristo voltar; por que Alá manda matar, por que o povo faz greve invés de pedir demissão.
Ao fazer quarenta e um anos tudo isso ainda me preocupa. Mais a saudade imensa de inúmeros amigos não vistos mais. Alguns magoados outros tristes, outros decepcionados. No acerto das contas sou um mero ser humano, apesar da incessante luta para superar essa condição.
E querem saber de uma coisa? Vinte anos depois de tanta pesquisa, descobri que a vida é um mistério insondável! E que a melhor maneira de viver é fazer o bem, entender que cada um de nós tem o direito e o dever de ser tudo o que pode ser. Cada ser tem sua própria visão e opinião acerca de tudo. Respeita-las demonstra sabedoria, compreensão da necessidade que um de nós temos de sermos originais, mesmo que por mimetismo. O universo se completa na adversidade e harmonia.
Amo e admiro todas as pessoas que conheço, só lamento não poder sido em muitas ocasiões o melhor que se pode ser. Queria ter acertado sempre, ter sido sábio o tempo todo e ter me tocado das em que deveria ter permanecido em silêncio.
Não é arrependimento, é antes um lamento um pedido de “PERDÃO FORNAL”. De qualquer maneira reconhecer erros não exime a culpa.
Além ainda, creio que todos nós já nos encontramos em vidas passadas e em futuras infinitas mais nos encontraremos. Estamos todos a caminho do bem, vamos nos desenvolvendo e aperfeiçoando a medida que os dias passam, as vezes lentamente, as vezes voando. Viemos juntos de outras eras, semeando primaveras que não tardam em florecer.
No mais, que a paz esteja com todos, paz que venha do auxílio ao próximo necessitado. Na escala para a paz e o bem mundial, o irmão caído é nossa carga preciosa
NAMASTÊ
Antenor Emerich
P.S.: Para nos tornarmos um Espírito Livre precisamos ter devoção pela liberdade, amor pela sabedoria e responsabilidade pelas conseqüências.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A terra espera pelo seu auxílio

Não jogue restos orgãnicos no lixo.
Jogue os restos orgânicos na terra.
É disso que a terra se alimenta, de restos orgânicos.