segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Pensando na vida: Um dia de otário


Tenho um pior momento na minha vida, um que odeio lembrar, que me dá raiva lembrar.
O pior de lembrar, é lembrar toda vez que fui um otário, mas lembro também, que se não tivesse passado por aquele vexame certamente eu seria um otário até hoje, e pior, provavelmente nem saberia disso.
Então meu pior momento é mesmo um dos melhores momentos, pois tomei consciência de ser um otário.
Por vezes, quando vejo alguém em situação semelhante, penso: "Poderia ser pior. Poderia ser comigo." Não por egoísmo que penso assim, mas para lembrar que da pior situação de uma vida, pode advir a maior benção de uma vida.
No mais, tive muito trabalho, muitos problemas e me encrenquei muitas vezes. Mas nada que me dê raiva como acontece quando lembro que fui de fato um otário um dia.

"Da ignorância nada se aproveita, por que até para perguntar é preciso saber."


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Filhos, melhor tê-los.

Croniquetinha


 Conforme combinado cheguei às seis na casa dos meus filhos, abraços e sorrisos festivos, três histórias para ouvir ao mesmo tempo, cumprimento a mãe que me informa que as crianças não estão prontas ainda.

- O quê! Você não estão prontos ainda?!

- Não! Não! Não!

- Então vão se aprontar já senão eu vou e vocês ficam, vou comer a pizza toda sozinho.
Saem os três correndo para os quartos, eu acrescento: 

- Ó vou contar até 500, quem não estive pronto, fica.
 Eles começam a rir no quarto, e eu começo a contar: 

-Um (esperava um tempo) ... Dois (esperava um tempo) Três (esperava um tempo) ...

E pronto, eles voltam para a cozinha afinados de rir. Sentamos todos ao redor da mesa, a Bianca traz o café, a Sílvia fica corada e sorri também, e todos contam as novidades dos últimos dias.

A pizza ficou para mais tarde.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Tocaia


O predador mora perto da presa. E espreita, e espreita, e espreita...
É só esperar, a pressa vai virar papinha.

Assim pensa o predador. Ficar na tocaia, esperando a presa cair.
Evidente que o raciocínio do predador é bastante precário e bruto.
Diferente do caçador, que se lança em busca da presa, entretanto, tanto o predador quanto o caçador estão presos no mesmo local que a presa.

O vingativo se agarra ao objeto do seu ódio e se lança ao buraco com a vítima, e a segura ali no buraco, e não sai do buraco com a intenção de segurar ali sua vítima. Quem está no buraco com a vítima?

Definitivamente:
Ficar de tocaia, esperando, nunca foi meu ofício.

Leão preocupado