quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Fábula da Garça velha



    Quando estava na terceira série, "do primário" (anos 1970), li todo o livro de Português.
    Chamou minha atenção estórias das “Reinações de Narizinho” e as fábulas, em especial a de uma garça já velha e cansada, que pescava em um velho lago, já um tanto “tordado”, dificultando a vida da velha garça, que com pouca visão, não via mais os peixes direito.
    Um dia, a velha garça, vivida e esperta passou a falar de um maravilhoso lago distante  onde a água era límpida e insípida e inodora.
    A notícia correu entre a população do lago, e logo uma discussão se formou. A questão mais complicada e intransponível era como a população do lago poderia se mudar para outro lago.
Imediatamente a velha garça se propôs a ajudar, levando todos do lago “tordado” para o lago limpo. E assim aconteceu. Para alegria e comodidade da velha garça que voltou a se alimentar sem muito esforço.
    Não gosto de fábulas que no fim tem uma moral pré-determinada, mas duas em especial, nunca esqueci, e uma foi a moral desta estória: Nunca aceite conselhos de inimigos.
Eu tinha oito anos, mas isto fez muito sentido, o mesmo sentido, até hoje!

Estória:
Estória é um neologismo proposto por João Ribeiro (membro da Academia Brasileira de Letras) em 1919, para designar, no campo do folclore, a narrativa popular, o conto tradicional.1
Alguns consideram o termo arcaico, por ter sido encontrado também em textos antigos, quando a grafia história ainda não havia sido consolidada na língua portuguesa.1 2 . O Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete classifica o termo como brasileirismo, afirmando que a palavra foi proposta, mas deve ser usada a forma história.3