sábado, 6 de dezembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Esperando o fim do quê?
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
A sombra (Raul Seixas/Antenor Emerich)
Mosca Na Sopa - Raul Seixas / versão: Antenor Emerich
Que pousou em suas costas
Eu sou a sombra
Que pintou pra lhe abusar
Eu sou a sombra
Que perturba o seu sono
Eu sou a sombra
No seu quarto a zumbizar
E não adianta
Vir me iluminarr
Pois nem o teu credo
Pode assim me exterminar
Porque você me evita
E crea outra em meu lugar
-"Atenção, eu sou a sombra
A grande sombra
A sombra que perturba o seu sono
Eu sou a sombra no seu quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A sombra, meu irmão!"
sábado, 25 de outubro de 2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
De solidã0
Estou sozinho
E a solidão me agrada
Um silencio mudo
Um som sem nada
não é ruim o silêncio
não é pesado.
Sem som do presente ou visão do passado
No cd, o Zeca rasga fotografias.
A chuva chia na pedra fria
(taparam a terra)
No vão de uma música à outra
Pintassilgos trovam com saíras
Meu creme espalha aroma pela casa
Minha nudez é informal
Meu pênis fica atento
(entre quatro paredes sabemos
Que a liberdade é ilusão)
No dia a dia das exigências dela
Sinto saudades da solidão.
Meu coração se encontrou no compasso
Ciente enfim,De que tudo é caos em transformação...
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Eu e meus desafetos
Muitos não gostam de mim.
Garanto que não entendo bem por que.
Falam de mim, tentam ridicularizar minha imagem.
Não sei por quê.
Nunca peguei o que não é meu, nunca passei na frente de
ninguém, sempre deixei “para lá”. Não entro em competição com ninguém; Nunca
fico em um lugar que alguém crê, seja seu.
Se quiser pegar pegue; se quer levar, leve; se quer ir, vá;
quer deixar, deixe;
Mas, muitos gostam muito de falar mal de mim. E por quê? Por
qual razão? De que me acusam?
Pergunte a quem faz fofocas a meu respeito o que lhes fiz de
mal?
Poderão perceber que a razão da raiva vem do fato de que vivo à minha maneira e não me deixo escravizar.
Não há outra razão.
Dou às pessoas o direito de serem o que quiserem, e a mim o
direito de ser como sou.
Da sua vida você pode fazer o que quiser. Da minha vida quem
faz o quer, sou eu.
domingo, 10 de agosto de 2014
Kafka & Dostoievski
Decidi contar o que está havendo comigo.
Embora creia que isto não interessa a ninguém, ainda assim
vou relatar.
Tenho um problema que nunca foi diagnosticado direito. E
que, na falta de terminologia médica, refiro-me a isto dizendo que o “meu
cérebro para”. E para! E pronto.
A primeira vez que passei por isso Foi em 1993, quando
fiquei por nove meses trancado no quarto sem falar nada, com ninguém, sem
pensar direito, sem poder tomar decisões, sem sentir nada. Completamente
apático. De relho vinha a família a me chamar de vadio e vagabundo por não
fazer nada. O suicídio sempre foi minha melhor opção, mas inválida. Não
resolveria nada.
Depois de nove meses, decidi, por teimosia, fazer alguma
coisa, e fui para a rua, por quase um ano (1994) consegui trabalhar direito,
então o problema voltou. E o problemas recomeçaram, e se seguiram e se
empilharam. Semanas eu conseguia trabalhar, semanas que meu cérebro dormia
mesmo desperto, meu cérebro não funcionava.
Em 2001 eu já tinha 4 filhos e até 2003 já havia sido preso
4 vezes, por processos de pensão alimentícia. Passei dez dias em um presídio
junto com marginais de toda sorte, ou má sorte.
Tentei ir para a faculdade. Quase deu certo. Mas em 2007 meu
cérebro “travou” de vez. E não funcionou mais direito, o que resultou em minha
falência completa. Não se trata de ter uma visão distorcida da realidade, o que acontece é que o cérebro para. Não há raciocínio algum, depois de dormir por dias, volto
ao normal. Normal por uns dias.
De forma que não posso assumir compromissos de nenhum tipo,
pois nunca sei quando estarei em condições de agir, quando meu cérebro estará
“funcionando” (para usar uma terminologia mecanicista).
Sou muito lúcido, tenho plena consciência da realidade e da
minha situação e do meu sofrimento.
---
Psiquiatras têm atestado que sou hiperativo, bipolar, e
transtornos vários. Tenho mesmo uma hiperatividade mental, penso mil coisas por
minuto. E estando bem sou bom em resolver problemas. Sinto que minha atividade
mental é bem parecida com a personagem Sherlock Holmes que pensa muito e muito
rápido; tenho consciência de uma percepção extra-sensorial muito aguçada, o que
me faz sofrer muito se estiver em meio a muita gente.
---
Os efeitos disso tudo são dores musculares, por vezes fico
dois três dias sem dormir por causa das dores, outras vezes durmo três, cinco
dias sem parar.
---
Resultado: estou falido e desacreditado. A família não
entende o que se passa comigo, cada um tem seus próprios problemas e eu virei a
batata quente do pedaço. Não sei o que fazer, não tenho para onde ir, e ninguém
para ajudar, com exceção de alguns amigos que entendem o que se passa comigo.
Os detalhes da minha vida dariam um livro bem volumoso, isso
se alguém se interessasse na vida desgraçada de um pobre diabo.
---
Minha jornada
me transformou, matei o homem que era e tomei seu lugar. Matei quem eu era e me
transformei neste desconhecido.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
A morte e a minha morte
Aprender a morrer desejei um dia
Agora minha vida está a morrer antes de mim
A seguir assim
Depois de tudo acabado
Restará meu fim.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Croniquetinha
Estranho
Foi um dia, estava estranho, o sol estava estranho, o ar estava estranho, eu estava estranho.
Eu tinha sonhos, mil sonhos, e uma incrível certeza de que iria realizá-los. Eu podia. Eu tinha a força, a garra, a gana, a certeza. Eu construiria um império e uma lenda. Poder e fama. Eu teria tudo, e todos me amariam.
Que dia estranho!
terça-feira, 15 de julho de 2014
O poeta e o pop
Por Antenor Emerich -
Escritor não licenciado ou autorizado por nenhum
governo ou instituição.
“O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a
fingir que é dor, a dor que deveras sente”.
E sente mais a dor que não tem. Porque o poeta quer sentir
todas as dores do mundo.
Estou falando de “poeta”, não destes “cornos” mal amados
falando de amores desgraçados.
O selvagem Oscar já dizia que para ser pop é necessário ser
medíocre. Nada mais medíocre que um
“corno” tentando fazer poesia.
Nada mais estúpido que tentar ser poeta para vir a ser
famoso.Poesia não é uma salada extravagante de figuras de linguagem. Caso
alguém queira definir a poesia, deve antes ler Platão e Antônio Nogueira. A
obra toda. Mas um corno bêbado berrando ofensas para uma puta, pode até ser
teatral, cômico ou trágico, mas nada tem de poesia. E, se um bêbado lembrou
“Carlitos”, era o poeta que estava bêbado. Porque posso concordar que há poesia
em Carlitos, mas não em um bêbado, ou em um corno de olhos vermelhos de raiva.
O povo quer ser pop. Somente um indivíduo interessado na
humanidade dedicaria grande parte de sua vida a contar em versos a triste
história da Bela Inês e de seu capitão encravado em sua nau vagando além do
horizonte entre procelas e calmaria.
Isto não é um texto para entrar para o museu da poesia
crônica, é apenas uma observação de um leitor que sempre procurou entender
melhor a humanidade. Não sou erudito, não quero ser pop, e gostaria muito de
saber escrever. Mas, sei apenas dar opinião. Uma coisa bem vaga e sem nenhuma
importância.
Sempre quando é dia do homem, mandam o homem fazer exame da próstata.
(temu qui toma no cu memo)
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Fábula da Garça velha
Chamou minha atenção estórias das “Reinações de Narizinho” e
as fábulas, em especial a de uma garça já velha e cansada, que pescava em um
velho lago, já um tanto “tordado”, dificultando a vida da velha garça, que com
pouca visão, não via mais os peixes direito.
Um dia, a velha garça, vivida e esperta passou a falar de um
maravilhoso lago distante onde a água era
límpida e insípida e inodora.
A notícia correu entre a população do lago, e logo uma
discussão se formou. A questão mais complicada e intransponível era como a
população do lago poderia se mudar para outro lago.
Imediatamente a velha garça se propôs a ajudar, levando
todos do lago “tordado” para o lago limpo. E assim aconteceu. Para alegria e
comodidade da velha garça que voltou a se alimentar sem muito esforço.
Não gosto de fábulas que no fim tem uma moral pré-determinada,
mas duas em especial, nunca esqueci, e uma foi a moral desta estória: Nunca aceite
conselhos de inimigos.
Eu tinha oito anos, mas isto fez muito sentido, o mesmo
sentido, até hoje!
Estória:
Estória é um neologismo proposto por João Ribeiro (membro da Academia Brasileira de Letras) em 1919, para designar, no campo do folclore, a narrativa popular, o conto tradicional.1
Alguns consideram o termo arcaico, por ter sido encontrado também em textos antigos, quando a grafia história ainda não havia sido consolidada na língua portuguesa.1 2 . O Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete classifica o termo como brasileirismo, afirmando que a palavra foi proposta, mas deve ser usada a forma história.3
Estória:
Estória é um neologismo proposto por João Ribeiro (membro da Academia Brasileira de Letras) em 1919, para designar, no campo do folclore, a narrativa popular, o conto tradicional.1
Alguns consideram o termo arcaico, por ter sido encontrado também em textos antigos, quando a grafia história ainda não havia sido consolidada na língua portuguesa.1 2 . O Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete classifica o termo como brasileirismo, afirmando que a palavra foi proposta, mas deve ser usada a forma história.3
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